Você já se viu em uma situação em que tinha muitas atividades para fazer e começou a tentar cuidar de mais de uma ao mesmo tempo? Ao fazer isso, sentiu que nenhuma estava bem feita o suficiente? Estamos em um tempo onde os transtornos de ansiedade e outras enfermidades do estilo de vida acelerado e rapidamente mutável estão em foco. Como conviver com o ritmo e tornar a enxurrada de informação uma aliada e não uma inimiga?

A ansiedade comumente vem em camadas. Uma preocupação, medo ou angústia começa a afetar suas atividades rotineiras e isso leva a outras preocupações. O trabalho, a universidade, os relacionamentos e todas as obrigações continuam ali, e a instabilidade que a preocupação traz faz você sentir que não vai dar conta de nenhum dos encargos. Muitas vezes, a abordagem escolhida para combater esse sentimento gera mais ansiedade. Estudar por toda a madrugada com muitas doses de estimulantes, iniciar muitas tarefas simultâneas, procrastinar pela dificuldade de encarar a realidade ou pedir um adiamento do prazo, provavelmente você já se viu em uma dessas alternativas diante de responsabilidades e deadlines iminentes. A ideia de uma vida pacata e mais lenta sempre parece simpática quando o tempo está encurtando.

Em primeiro lugar, para encarar a situação é sempre importante lembrar que o tempo e as obrigações existem até nas formas mais primitivas e simples de viver. Por exemplo, a agricultura tem prazos regidos pelo clima, pelas estações e ciclos da terra. É preciso conhecimento e planejamento para suprir corretamente as necessidades básicas para a sobrevivência. Então, como não entrar em desespero diante de uma vida sem pausa?

A ansiedade é uma emoção. As emoções são mecanismos da natureza para nos proteger de perigos, governar nossas ações e facilitar a nossa existência. Elas são necessárias, e não seria bom nem possível simplesmente parar de sentir ansiedade e outras emoções. Da mesma maneira, sentí-las de forma exacerbada também é prejudicial. Resta a nós buscar meios para manter normais os níveis das emoções, os adequando também às situações.

Encontrar o tratamento ideal para o transtorno do espectro ansioso é a melhor maneira de se adaptar e conviver com a situação. Desde meditação, exercícios físicos, hobbies terapêuticos, até psicoterapia e uso de medicação orientado por um profissional, cada pessoa tem diante de si opções com a finalidade de resolver os problemas da melhor forma.

Otimizar o tempo e não se sabotar também são parte do tratamento. Montar uma rotina em uma agenda ou quadro de tarefas, priorizar atividades e evitar distrações podem ser hábitos decisivos para uma rotina tranquila e sem aflições. Acordar cedo pode melhorar a sua gerência do tempo e contribuir para que você não perca tanta energia com a pressa e a preocupação durante o desempenho de suas funções (Leia o post sobre 4/5/6am club).

Se recompensar é sempre importante. Reservar um tempo para se afastar da rotina, ficar em silêncio ou ouvir uma música agradável, marcar um horário em um spa, cuidar da aparência, se alongar, meditar e diminuir a percepção do tempo são formas de recompensar o esforço empreendido em cuidar das atividades e também uma recarga para as energias. O exercício de atenção plena é um ótimo aliado para deixar nosso estado mental mais estável.

No livro Atenção plena (Mark Williams e Danny Penman), o leitor conhece a técnica de mindfulness (atenção plena) e tem acesso a um guia de exercícios com a finalidade de se tornar mais consciente de si e lidar com as dificuldades de forma mais tranquila e ponderada.

Se você quiser aprender a meditar com ajuda de um “mentor”, o aplicativo Headspace é uma opção de meditação guiada e atenção plena. Veja o vídeo demonstrando o uso da aplicação logo abaixo:

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